quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Novo livro da Coleção Hilario Fracalanza, editada pela ALB, trata de Educação Infantil

De que forma as crianças pequenas participam das práticas culturais marcadas por determinadas formas de linguagem? Em que situações – escolares ou não escolares – determinadas formas de linguagem e/ou a cultura escrita estão presentes na vida das crianças? Como, na infância, as possibilidades lúdicas e criativas se ampliam por meio de diversas formas de linguagem? Como o ensino da escrita e da leitura pode ser desenvolvido na escola e fora dela? Com diferentes ênfases, as discussões sobre o desenvolvimento de formas de linguagem estão sempre presentes quando tratamos da educação da infância. Historicamente, o crescente processo de escolarização e formalização da leitura e escrita teve como efeitos o enfraquecimento do caráter lúdico e imaginário da linguagem, o distanciamento das inúmeras formas e práticas de linguagem, nas quais as crianças estão imersas e compartilham com o mundo adulto, e, como parte deste processo, a desconsideração das práticas culturais relacionadas à linguagem escrita. Assim, de forma a problematizar as relações da infância com a cultura e/ou com a linguagem escrita, é neste
debate que se inscrevem os artigos desta coletânea, que reúne trabalhos apresentados no 18º Congresso de Leitura do Brasil (2012), no VI COPEDI - Congresso Paulista de Educação Infantil e II Congresso Internacional de Educação Infantil (2012). - Ana Lúcia Horta Nogueira

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Este livro abre as portas para uma profunda discussão sobre a educação das infâncias sem antagonizar o lúdico e as culturas da escrita, fazendo desconstruções necessárias (como alerta uma das autoras, Miriam Noal), indo além da escolarização e deixando brechas para estar “aquém da Pedagogia” (parafraseando César Pereira Leite). Vivendo este momento de crise e de riscos na Educação Infantil, este livro é oportuno e relevante para nossas lutas em defesa dos direitos das crianças e para o aprofundamento das diferenças, denunciando e propondo a superação das desigualdades. Concordo com o arquiteto catalão Cezar Muñoz quando diz que para criar o novo de que tanto necessitamos, AS CRIANÇAS SÃO IMPRESCINDÍVEIS. Diz ele que o bom educador e a boa educadora são exatamente aqueles/as que não se esqueceram que foram crianças. (...) Recomendo vivamente a leitura deste livro a todos e todas que querem participar da criação do novo, que escutam o grito do mundo! - Ana Lúcia Goulart de Faria

SUMÁRIO
Apresentação, Ana Lúcia Horta Nogueira. 
Prefácio, Ana Lúcia Goulart de Faria
1. Da imaginação ou uma borboleta saindo do bolso da paisagem, Davina Marques e Ivânia Marques. 
2. Grafismo infantil: antes de as crianças falarem, Marcia Aparecida Gobbi
3. Crianças pequenas indígenas: brincadeiras que são gritos, Mirian Lange Noal
4. A escrita e suas dificuldades: a experiência do trabalho em grupo em contexto não escolar, Adriana Lia Friszman de Laplane, Ivani Rodrigues Silva e Angélica Bronzatto de Paiva e Silva
5. Processos de alfabetização para quem? – tensões históricas e desafios atuais, Cecilia M. A. Goulart
6. Eventos de letramento na Educação Infantil: o interesse das crianças pela leitura e escrita, Vanessa Ferraz Almeida Neves e Sara Mourão Monteiro
7. Propostas curriculares para a Educação Infantil: orientações sobre a alfabetização e o letramento das crianças, Ana Carolina Perrusi Brandão e Telma Ferraz Leal
8. Leituras de fontes para história da infância e da educação, Ana Cristina do Canto Lopes Bastos, José Fernando Teles da Rocha e Maria das Graças Sandi Magalhães

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